Um exame feito por meio da retirada de sangue é capaz de detectar células de um tumor maligno.
Além disso, o exame também pode descobrir no organismo fragmentos do DNA de células tumorais.
O nome “biópsia líquida” é proposital, serve para diferenciar da biópsia sólida, em que é tirado um fragmento de um tumor para analisá-lo em um microscópio, uma técnica mais invasiva.
O método já é utilizado no Brasil, embora não seja muito difundido, e acaba servindo para o acompanhamento de pacientes já diagnosticados com a doença. Nesse caso, o exame avalia a eficácia da quimioterapia e a recidiva em quem está em remissão, por exemplo.
Atualmente, a biópsia líquida é mais utilizada para os cânceres colorretal e de pulmão, porque são os dois tipos que mais possuem pesquisas para reforçar os benefícios da técnica. De acordo com especialistas, ela pode ser ainda mais proveitosa no futuro, aprimorada para detectar células cancerosas antes de um tumor aparecer e dar informações bem específicas sobre o tipo de câncer.
Será um passo grandioso, porque permitirá a intervenção precoce, fator determinante para a cura de muitos tipos de câncer.
Por enquanto, o acesso ao exame é o seu principal ponto negativo, pois poucos laboratórios o realizam, a um custo que varia de R$ 6 mil a R$ 15 mil, sem cobertura pelos planos de saúde.
A expectativa é de que, com o passar do tempo, a técnica se torne melhor e mais barata. E, quem sabe, passe a ser oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS).