Já está na fase de estudo clínico com pacientes o tratamento inovador contra leucemia, que utiliza as células CAR-T.
A ideia é retirar do próprio paciente os linfócitos, as células de defesa, por meio de uma pequena quantidade de sangue. Dessa amostra, isolam-se os linfócitos T para serem modificados em laboratório, onde são reprogramados para atacar as células tumorais.
Depois de cerca de um mês, o paciente recebe uma única infusão com suas próprias células modificadas. Permanece internado por 15 dias, período em que é feito o monitoramento de efeitos colaterais (febre, dor no corpo, queda de pressão e dificuldade respiratória), resultado da inflamação que a terapia provoca e um sinal de que a infusão deu certo.
Trinta dias após a infusão, é checada a eficácia do tratamento em uma consulta médica e, novamente, 90 dias depois do início do procedimento.
A princípio, quatro pacientes participam do estudo, realizado no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto. Seus resultados serão analisados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Se ela aprovar o estudo, outras instituições envolvidas começarão a tratar novos candidatos, até que 81 pacientes façam parte do experimento, até 2025.
O tratamento com as células CAR-T é para pacientes com leucemia linfoide aguda de células B e linfoma não-Hodgkin de células B, que não responderam à quimioterapia e ao transplante de medula ou tiveram recidiva com o tratamento convencional.