
Receber o diagnóstico de que seu filho, ainda criança, tem câncer, não é fácil para ninguém da família.
Para a criança, é o primeiro passo a caminho da cura, uma vez que as chances de eficácia no tratamento são de 90%. Para a família, é o coração e o peito cheios de angústia, medos e culpa, buscando achar uma explicação para a doença que, em crianças, não tem uma razão específica e, portanto, não há um meio de prevenção ou uma “culpa”.
Nesse momento, o melhor a fazer é se fortalecer, porque o tratamento pode ser longo e doloroso, no sentido físico e emocional. Muitas vezes, os pais são obrigados a abandonar o emprego ou ter que se mudar para outra cidade, onde o filho será melhor assistido.
Tudo isso pode gerar estresse, depressão, ansiedade e uma sensação de impotência diante do câncer. Até o casamento e as relações familiares podem ficar abalados, se não houver apoio emocional aos cuidadores da criança – os pais ou responsáveis. E esse abalo reflete diretamente no filho que precisa se sentir seguro durante todo o processo. Se os pais se mostrarem temerosos, isso passará à criança, podendo influenciar na resposta ao tratamento.
União e apoio
Para superar esse processo difícil, os pais precisam se unir e contar com o apoio de parentes e amigos. Um estudo realizado pelo Memorial Sloan Kettering Cancer, nos Estados Unidos, mostrou que as famílias que lidaram com a doença dos filhos de forma mais positiva tiveram suporte de amigos, parentes e comunidade, financeiramente, emocionalmente e até nas tarefas de casa.
Outro ponto destacado foi o pensamento positivo, encarando o câncer como um problema a ser resolvido e não como uma punição que a criança está recebendo. E a melhor parte: o estudo concluiu que, ao final do tratamento, a maioria das famílias relataram o fortalecimento de vínculo entre seus integrantes. União também cura. União fortalece. Com isso, qualquer outro problema que surgir pela frente será mais fácil de lidar.